O DESPRENDIMENTO

O feriado se anunciava e eu fazia planos de pegar aquele, sabe aquele quarto onde você vai pondo de tudo um pouco, então esse era o quarto que eu olhava e falava :
acho que quando entrar aqui vou levar uma semana para acabar.
Bem o domingo chegou e trouxe com ele a vontade de fazer o que eu vinha prometendo, mas sempre protelava.
Olhei para tantas coisas e logo tive de olhar também para o significado de quando foram adquiridas, porque comprei tantas mini bexigas ou porque guardar tantas latas ou para que tantas caixas ou para que, aquela mala tamanho jumbo, sabe quando você olha não da para não ver, não neste contexto.
Então comecei a fazer o meu trabalho; de lembrar para que cada coisa, e porque ainda estavam lá.
E aos poucos com calma, fui tirando sem dó e piedade, pois havia um propósito ali; queria que ficasse somente o que coubesse.
Tenho de dizer que minha casa não tem tantos nichos ou espaços para tantos excessos, por isso; eu usava o quarto.
Bem separar coisas e deixa-las irem é um trabalho que deveríamos exercitar mais vezes, isso nos trás ganhos de energia interna e externa e a posse de que podemos nos reciclar a cada instante.
Trabalhar o desprendimento; da vazão, de que existe um "Algo Maior" e que não necessitamos nos ate; como se aquilo tudo fosse um barco de salvação.
Temos essa mania de guardar; guarda, e guardar e se bobearmos passamos uma vida guardando sem saber para que e porque.
Pegar este quarto foi um desafio, pois havia um  propósito; deixar realmente o que era necessário; e o  que saiu foi separado em lotes: Doação, Sucata e Lixo!
Nossa que ALIVIO!
Acreditem já era noite quando acabei, mas com a sensação de missão comprida.
Gostei tanto que quero percorrer os outros cómodos da casa, com o intuito de deixar o que realmente é necessário.
Mas mais do que isso, é poder experienciar e com partilhar com vocês a necessidade de exercitar querendo ou não o DESPRENDIMENTO !
Hoje é terça-feira estou aqui no finalzinho do feriado com partilhando essa experiência !
Valeu, experimentem e com partilhem !
Um forte Abraço,
Jô Savio